1. As parcerias locais envolvidas nos projetos iniciados em outubro e novembro de 2021 já conseguiram consolidar e alargar as redes de parceiros, incluindo entidades públicas, e mobilizar as mais diversas instituições, tendo ganho maior representatividade e visibilidade para os parceiros e para a própria parceria.
2. Foi possível estabelecer contactos com grupos informais na comunidade, promovendo o envolvimento da comunidade e contribuindo para criar laços de confiança e credibilidade. Isto tem permitido aumentar o sentimento de pertença, a inclusão social e a própria coesão social e territorial. Também foi possível desenvolver boas práticas e novas formas de trabalho, com maior transversalidade, partilha efetiva de espaços e meios e potenciando os recursos. Todos estes fatores contribuem para uma partilha de conhecimentos e exaltação de memórias, saberes e competências, que por sua vez também reforçam a coesão social e o direito à cidadania, com mais participação e empoderamento de todos os destinatários.
3. O trabalho desenvolvido pelos projetos permitiu aumentar e diversificar a rede de equipamentos em muitos territórios, aumentando o acesso à Saúde e à Ação social, mas também valorizando a identidade das comunidades, mesmo as mais isoladas. As redes de voluntários têm permitido ampliar a proximidade e contribuir, não apenas para melhor qualidade de vida das comunidades, mas também para um “ganho de alma” de todos os parceiros diretamente ligados às atividades dos projetos.
4. É necessário dar continuidade aos projetos e conseguir que as boas práticas já iniciadas e as mudanças em curso não terminem. Para isso, é preciso investir mais nos recursos humanos e equipamentos e continuar a valorizar pessoas e territórios e a capacitar comunidades, com especial atenção aos mais idosos e à identificação dos mais vulneráveis.
5. Os projetos consideram que a cultura e preservação do imaginário e identidade são um grande motor de inclusão e entendem que é necessário maior disponibilidade para a formação e mais capacidade de envolver as comunidades. É também fundamental melhorar o relacionamento com todos os gestores locais, nomeadamente as autarquias locais, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.
6. O Programa Bairros Saudáveis deve melhorar a sua visibilidade e a dos projetos e acautelar o acesso rápido aos apoios aos projetos, nomeadamente o apoio financeiro, procurando diminuir a burocracia e os constrangimentos que os atrasos provocam aos projetos.
7. Os projetos reunidos no Fórum Regional apelam ao prologamento do calendário desta edição, permitindo que as atividades se possam concluir, pelo menos, até final de setembro de 2021, tendo em vista os atrasos que têm ocorrido e as dificuldades deles decorrentes.
8. É necessário que os projetos e as boas práticas lançadas através deste Programa possam ter continuidade. Os projetos reunidos no Fórum Regional dos Bairros Saudáveis apelam ao Governo para que aprove a realização de novas edições do Programa, com os meios e recursos necessários para garantir a sustentabilidade dos resultados já alcançados.

Aprovadas por maioria, com 1 voto contra e votos favoráveis dos restantes.