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Fóruns Regionais
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Conclusões aprovadas no Fórum Regional dos Bairros Saudáveis do Algarve
08-07-2022

O Fórum Regional dos Bairros Saudáveis do Algarve, reunido em Faro no dia 8 de julho de 2022, após partilha de experiências, reflexão em grupos de trabalho e debate, aprovou as seguintes conclusões:

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  1. Os projetos reunidos no Fórum constataram que já estão a contribuir para todos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, tendo sido identificada uma grande transversalidade através dos diferentes ODS, nomeadamente nos objetivos que têm a ver com saúde e educação de qualidade, redução das desigualdades, erradicação da pobreza, igualdade de género, produção e consumo sustentáveis e reforço das parcerias.
  2. Os projetos consideram que já tiveram vários ganhos para as parcerias envolvidas nos projetos, para a comunidade e para o território. Nos ganhos para as parcerias, destacam-se as sinergias motivadas por objetivos comuns, o trabalho em rede e proximidade, permitindo estreitar a relação com as comunidades, a partilha de experiências e conhecimentos, o alargamento das parcerias a parceiros informais e a mobilização integrada de recursos internos e externos. Reconhecem também que a união torna os projetos mais fortes e mais sustentáveis.
  3. São ganhos para a comunidade a inclusão e proximidade, bem como a capacitação e motivação, promovendo o desenvolvimento comunitário. O trabalho de proximidade tem também permitido o reconhecimento pela comunidade e a adesão de novos parceiros, dinamizando e enriquecendo as atividades.
  4. Os projetos estão a contribuir para a quebra do isolamento e da exclusão, ultrapassando obstáculos e promovendo a melhoria da qualidade de vida e cidadania ativa. Registam um empoderamento e capacitação dos intervenientes, aumentando a consciencialização, combatendo estigmas, partilhando afetos e aumentando o espírito de união e o sentimento de pertença.
  5. O combate aos estigmas é um dos objetivos de vários projetos, com resultados concretos na promoção da interculturalidade, na melhoria da autoestima e aumento da literacia da mulher cigana e num novo olhar da criança cigana sobre a aprendizagem.

  1. Os projetos têm aberto caminhos de inovação, valorizando o património cultural imaterial, aumentando o conhecimento de novas realidades e criando mais literacia digital e maior literacia em saúde. Mais conhecimento permite mais responsabilidade social e ambiental, facilitação do acesso a cuidados de saúde, melhoria dos hábitos alimentares e de vida e intergeracionalidade.
  2. Os ganhos para o território traduzem-se já na reabilitação e reutilização de instalações e espaços de uso público e comunitário, numa maior visibilidade, na valorização dos recursos endógenos, no respeito pelos recursos naturais e no combate à pobreza energética. Mas há ainda muito a fazer. Foi salientada a necessidade de manter a proteção da Ria Formosa e implementar o Plano de Capacidade da Ria Formosa.
  3. As convergências nas intervenções em vários territórios e a solidariedade ativa têm também permitido ganhos pessoais nos intervenientes, aumentando a experiência de cada um e as relações interpessoais, promovendo o espírito de equipa, aprendendo a gerir as emoções nos momentos mais difíceis, em suma, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, com mais entrega, maior consciência de si e mais auto valorização.
  4. Os projetos reunidos em Faro consideram que devem ser realizados mais encontros regionais com dinâmicas que levem a criar “casamentos” entre projetos, tornando-os mais musculados. É preciso estabelecer mais parcerias, ativar novas e consolidar as existentes, replicar projetos e experiências aprendidas e contribuir para a humanização dos serviços. A dimensão territorial deve ser alargada e chegar a mais população isolada social e geograficamente.
  5. É preciso melhorar o diagnóstico de necessidades, aumentar a comunicação dos projetos e do Programa e alcançar maior envolvimento da comunidade. Os projetos reunidos em Faro manifestam a sua preocupação com a falta de tempo para poderem concluir todas as suas atividades e pedem mais comunicação com a equipa de coordenação regional. Pedem também mais apoio técnico, mais divulgação dos projetos e do Programa na comunicação social e aumento dos recursos humanos dos projetos em quantidade e variedade. Foi consensual a necessidade de prolongar o calendário desta edição a fim de permitir que todas as atividades se possam implementar e completar devidamente.
  6. Os projetos reunidos em Faro manifestam a sua preocupação com a continuidade dos projetos e do Programa, por forma a dar continuidade às sinergias e boas práticas lançadas. Apelam por isso ao Governo para que sejam realizadas novas edições do Programa Bairros Saudáveis, como verdadeira política pública com os meios e recursos necessários, permitindo a sustentabilidade dos ganhos já alcançados e contribuindo para mais coesão social e territorial em todo o Algarve.

Aprovadas por unanimidade dos projetos presentes

Cada projeto podia inscrever até dois participantes mas só tinha um voto.

No Algarve há 16 projetos em curso, todos presentes, com 28 participantes inscritos